Ao Fundo dos Tempos
O caminho e as veredas da vida, cada pedaço de sonho. O cavaleiro seguia a linha do tempo a cada momento, passou por ribeiras e desfiladeiros. Caminhava dias a fio, momentos e tempos como que guiado por palavras doces. Por vezes deixava a sua montada ir livremente, fechava os olhos e conseguia ver os olhos dela. Tinha sido um mensageiro invisível no tempo que lhe entregara aquela missiva, num pergaminho de que conheceu o cheiro , o toque, como se aquela pele escrita tivesse já tocado nas suas mãos. Não estava perdido mas caminhava faz tempo, nos tempos. Agora sentia de novo aquela sensação, era por ali. Avistou a casa de pedra ao fundo do vale, da chaminé o odor quente e inebriante da bebida quente da vida. Caminhou os restantes metros na nostalgia, no cais de pedra que a vida tem.
A porta abriu-se … esperava por ti… foram as palavras. Entregou-lhe o rolo de pergaminho, levemente a sua mão tocou a dela olhou a no fundo dos olhos.
Era o momento e ele murmurou as palavras
Beijo com terra e sal…abri o livro acendei a vela e segurai a espada…. vamos procurar o caminho…